Odilan Alves, de 35 anos, indiciado por homicídio e apontado como o cobrador de uma dívida de drogas que terminou com a morte da menina Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, em Araçariguama, foi condenado pela Justiça em dois processos.
Ao todo, com as sentenças da Justiça em Itapevi e da Comarca de São Roque, Odilan deve cumprir 25 anos de prisão por tráfico de drogas, associação criminosa, posse de arma e munição.
Prisão

Foto: Carlos Dias / G1 Sorocaba
Investigado por comandar o tráfico em Araçariguama, ele foi preso no dia 21 de maio de 2019 pela Polícia Civil do município. Na época, ele tinha confessado o comando da venda de entorpecentes nos pontos do Jardim Brasil.
De acordo com a Polícia, o detido também era conhecido como “irmão Nicolas”, “Gustavo” e “Bryan” e a questão do seu envolvimento com o crime veio a partir da identificação do acusado como suposto mandante da morte da menina em função de características passadas por uma testemunha em seu depoimento.,

Foto: Carlos Dias / G1 Sorocaba
No dia da prisão do traficante, outras quatro pessoas foram presas suspeitas de trabalharem para ele. Uma jovem, que estava entre os quatro presos, contou à polícia que um irmão dela chegou a fugir de casa após ser ameaçado de morte por Odilan, também por uma dívida.
Nos autos, a defesa tentou a absolvição do réu por suposta insuficiência de provas e fragilidade dos depoimentos dos policiais. No entanto, a perícia recuperou anotações da movimentação da contabilidade dos crimes em um notebook e conversas em um celular. Odilan também foi reconhecido através de fotos por duas testemunhas protegidas do caso da morte de Vitória.
Relembre o caso
Vitória Gabrielly foi morta em junho de 2018, quando saiu para andar de patins próximo ao Ginásio dos Campeões, no Jardim Brasil. De acordo com as informações das investigações na época, a vítima foi sequestrada por engano por três pessoas a mando de um traficante que cobrava uma dívida de um morador da cidade que tinha uma irmã com as mesmas semelhanças de Vitória.
Segundo os acusados da morte da jovem, eles iriam levar a menina, até então sem saber que estavam com a pessoa errada, para dar um susto nela e no irmão da então vítima, que teria que pegar a dívida. Morta em um matagal, a jovem foi encontrada após uma semana de buscas, em uma área rural de Araçariguama. Segundo a perícia, a menina foi morta no mesmo dia que foi levada de carro pelos acusados.
Júlio Cesar Engesse, um dos acusados de participação no assassinato da menina, foi condenado a 34 anos de prisão. O júri popular aconteceu no dia 21 de outubro de 2019, no Fórum de São Roque.
Os outros dois presos, Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes, não tiveram a data do julgamento definida.

Júlio César Engesse, Mayara Borges de Abrantes e Bruno Marcel de Oliveira
Os três seguem presos em Tremembé e negam o crime.