Quem pensava que o arroz foi o produto que teve maior aumento de preço em 2020, se enganou. O óleo de soja é a resposta correta, que teve a maior alta de preço no ano passado, 103,79%, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial que fechou 2020 com 4,52%, maior taxa desde 2016.
Só depois vem o Arroz (76,01%). Na sequência, leite longa vida (26,93%), frutas (25,40%), carnes (17,97%), a batata-inglesa (67,27%) e o tomate (52,76%) também disparam no acumulado do ano passado. O óleo de soja também aparece como principal vilão, com aumento de 120%, na alta da cesta básica em São Paulo, em 2020, em levantamento feito pelo Procon e Dieese.
No geral a Cesta Básica de alimentos teve uma alta considerada. As maiores foram registradas em Salvador, de 32,89% e Aracaju, 28,75%. São Paulo teve aumento de 24,67%. Em Curitiba foi observada a menor elevação, de 17,76%.
Quando comparado o custo da cesta ao salário mínimo líquido, verificou-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em dezembro, na média, 56,57% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em novembro, o percentual foi de 56,33%.
Com base na cesta mais cara que, em dezembro, foi a de São Paulo, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.304,90. Segundo o órgão, o cálculo é feito levando-se em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.