O caso da morte da jovem transsexual Rayssa Eloá Menezes teve um desdobramento que surpreendeu grande parte das pessoas que esperavam por respostas esclarecedoras sobre o fato. Durante a semana o Ministério Público pediu o arquivamento do processo com base no inquérito policial e nos interrogatórios de suspeitos. Segundo o MP “não há elementos suficientes para determinar se houve homicídio, suicídio ou instigação ao suicídio”.
Ainda segundo o MP, os relatos apontaram que Rayssa saiu de casa para procurar emprego e depois foi até uma praça, onde fez uso de bebida alcoólica e depois drogas à noite.
Horas depois, ela seguiu com dois rapazes para uma área de mata entre Alumínio e Mairinque. Em determinado momento, os três teriam feito sexo e consumo de bebidas.
Conforme os relatos, a jovem teria ido até um viaduto de cerca de 80 metros de altura por onde passa uma linha de trem e reclamado sobre a vida antes cair lá de cima.
De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal, ela morreu por politraumatismo.
Os dois suspeitos, que chegaram a ser presos temporariamente, contaram que não procuraram a família ou a Polícia Civil por medo de não acreditarem em suas versões.
Eles afirmavam que Rayssa se jogou no rio, porém, como já dito, o MP não vê maneiras de provar o que realmente ocorreu.
Relembre o caso
Segundo parentes, Rayssa foi até São Roque para fazer a entrevista de emprego e depois não foi mais vista. Depois do processo, a jovem ligou para dizer que voltaria para casa em algumas horas, mas não apareceu.
A família registrou um boletim de ocorrência de desaparecimento e equipes da polícia iniciaram as buscas pela jovem. No dia 2 de novembro, o corpo de Rayssa foi encontrado parcialmente mergulhado em um córrego em uma área de mata entre Alumínio (SP) e Mairinque.
O corpo da jovem foi enterrado na manhã do dia 4 de dezembro, em Alumínio.