"É bom, é sim!" "É sim, é bom!" - por Edison Pires
Publicado em:
7 de dezembro de 2024 às 12:00:00
Atualizado em:
6 de dezembro de 2024 às 20:07:03
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Ontem foi aniversário do jornal GAZETA de Araçariguama, que completou 32 anos. Na semana passada conversei com o André buscando alguma "novidade" - como ele mesmo sempre diz -, na rica história deste jornal. Algo diferente, que pouca gente saiba. Foi quando ele falou sobre a experiência que viveu no dia da entrega do primeiro exemplar do jornal, que ficou marcada por duas frases.
Ele contou que na manhã daquele sábado, 5 de dezembro de 1992, na companhia de sua esposa, a psicóloga Ana Lúcia, estacionou o carro na praça Albertino de Castro, pegou uma certa quantidade de jornal para iniciar a distribuição. Ao se aproximar de dois homens que estavam acomodados num banco, entregou um jornal para cada um e passou a explicar que se tratava do primeiro exemplar, que o jornal seria editado uma vez por semana e que seria encontrado nos pontos de vendas. Disse que o objetivo era deixar a população informada sobre tudo o que ocorresse na cidade e na região. Que teria matéria sobre política, esportes, polícia, social. Que o jornal traria importantes informações sobre a Prefeitura e a Câmara, já que no ano seguinte Prefeito, Vice e Vereadores seriam empossados.
Depois de explicar tudo isso e mais alguma coisa, o André esperou por algum comentário. E aí vieram as frases que o marcaram até hoje. O primeiro homem disse: "É bom, é sim!", e o outro emendou: "É sim, é bom!".
E lá se vão 32 anos desde os comentários. Foi o primeiro feedback que o jornalista teve sobre seu trabalho no primeiro encontro com o seu leitor. Palavras simples que mostravam a simplicidade do araçariguamense à época. Frases curtas de quem preferia mais ouvir do que falar, mas que entenderam o significado do que nascia naquele instante.
Tudo era novo e novidade. As pessoas carregavam muitas dúvidas sobre o futuro da agora cidade de Araçariguama. O que iria melhorar, o que iria mudar. Quais seriam as decisões mais importantes a serem tomadas logo no início da vida administrativa da cidade. Como seriam as reuniões na Câmara. Qual rua, qual bairro seria atendido primeiro.
Diante de todas essas perguntas e expectativas, a população foi presenteada com a chegada do jornal. Seria ele, a partir do primeiro exemplar e daquela simples distribuição na praça, que passaria a contar e a registrar tudo o que aconteceria na cidade. Era sua a tarefa de transformar em notícia a rotina de todos, sob a responsabilidade do jovem e experiente jornalista. E o mais importante: manter guardado, em precioso arquivo, tudo o que acontecia (e acontece) por aqui semana após semana.
Além das notícias, o jornal abriu espaço também para a participação da própria comunidade, através de colaboradores como eu e a minha querida colega, a Sogrinha. O André me contou sobre o grande número de pessoas que eternizaram sua presença ao longo dos anos no jornal escrevendo crônicas, opiniões e registros diversos.
Praticamente a cidade e o jornal cresceram e ainda crescem juntos. Cada um enfrentando seus desafios e cumprindo o seu papel para oferecer o melhor para a população. Confesso que não conheço outro jornal que tenha a mesma idade do que a cidade por onde ele circula. Isso mostra uma perfeita união e até cumplicidade, que dura mais de três décadas.
Que bom que temos a GAZETA de Araçariguama. Tenho orgulho de poder participar desta história.
- Parabéns GAZETA e muito obrigado por tudo!
Edison Pires